
Quando duas pessoas se amam fazem de tudo para ficar juntas, mas ás vezes esse amor se torna compulsivo ou até mesmo doentio. A pessoa começa sentindo ciúme, depois acaba não deixando o outro sair com os amigos e nem mesmo sozinho, e passa a controlar tudo, contando cada passo dado pelo parceiro.
Observa-se que o ciúme está se tornando doentio quando o outro começa a fazer escândalos em público, briga por motivos fúteis, ter ciúmes de tudo e de todos, e sufocando aquele que tanto diz amar.
Após uma rotina desta, e tantas brigas, naturalmente o amor acaba e o casal se separa, mas sempre tem uma das partes que não aceita e faz de tudo para recuperar o amor da pessoa, e começa a ligar a qualquer hora, fazer ameaças, tentar suicídio, tudo para pressionar o outro, a pessoa perde a vontade de viver e não quer que a outra viva também.
Todos os dias ouvimos relatos de homens que bateram em suas mulheres sem motivos, ou para “se vingar” da separação, a seqüestraram, ou até mesmos seus próprios filhos.
Como se o seu orgulho estivesse ferido, o seu desempenho no trabalho é afetado, e seus pensamentos se voltam todos para fazer com que o outro volte a amá-lo, por não entender que o relacionamento acabou procura o parceiro, que tenta viver normalmente, constantemente, no trabalho, em casa de madrugada, em qualquer lugar.
Muitos consideram que o amor é vida, e quem mata por amor não ama de verdade, a pessoa que mata pode estar sofrendo de alguma doença, mas não de amor, pois quem ama protege e quer o melhor para o outro, e não, tenta tomá-lo como seu.
Existem relatos de homens que deixam a mulher dia e dia trancado em casa, e será que isso pode ser considerado amor? Isso é uma doença! Ou qualquer outra coisa que não seja amor. Talvez essa pessoa nem ame mais o parceiro, mas se sente dono do outro, tem o sentimento de posse sobre a mulher.
Para se sentir bem tem que magoar, maltratar, machucar e até mesmo matar para se sentir realizado. O caso Mercia é um ótimo exemplo de ciúmes doentio, uma mulher bem sucedida, cansada da arrogância do parceiro, decidiu se separar, mas o sujeito não aceitou e tramou sua morte, a convidou para dar um passeio e a levou para um lugar deserto para matá-la com um tiro, após isto jogou o carro da vítima em uma represa e ainda se diz inocente.
Observando casos como este, podemos concluir que nem sempre ciúmes é sinônimo de amor e que “matar em nome do amor”, na verdade é “matar por doença”.